terça-feira, 11 de agosto de 2015

Eduardo Sterblitch, racismo, humor ruim, esquetes equivocados e a geração dos politicamente corretos


O mundo anda chato demais. Os politicamente corretos dominaram  a cena. Dito isso, racismo é inaceitável, uma bosta completa e tem que ser duramente combatido, assim como o  machismo,e tantos outros "ismos" que assolam a sociedade.

Eduardo S. é integrante do programa "Pânico na Band". Gosto do Pânico no rádio porque ali eles tem, creio eu, uma liberdade maior e uma pressão menor por audiência e tudo o mais, mas veja, eu posso estar redondamente enganado, eu apenas acho isso não da pra cravar. Creio também que esta pressão por audiência os faça muitas vezes seguirem a trilha  do mal gosto pura e simples, seja apelando para mulheres semi nuas, seja ridicularizando pessoas com dizeres pouco agradáveis de se ouvir, seja com qualquer outro tipo de ação pouco louvável.

Acontece que humor que não é transgressor é mera assessoria de imprensa  disfarçada, servindo a alguém ou a algum propósito e pode-se acusar o Pânico de tudo, menos de se utilizar deste expediente. Revelou (e revela) humoristas que são sucesso hoje tanto la mesmo como em outros canais, não tem medo de dar a cara a bater com píadas que algumas vezes parecem ser editoriais disfarçados que revelam a opinião da trupe (que não é composta de imbecis, muito pelo contrário) e cumpre enfim, o seu papel de divertir pessoas um tanto quanto acéfalas que não entenderiam uma piada mais elaborada, um humor digamos, vindo de Woody Allen.

O problema não está de forma alguma na formação dos integrantes da trupe, mas no púlbico alvo em que eles miram, adolescentes ou adultos sem formação e estofo para dar risada com algo elaborado e quando se mira para este público o que se precisa é ser raso e direto, "explicar" a piada, ser muito visual e pouco verbal, desenhar, não escrever.

Eduardo S. se destaca neste contexto. é muito maior que seus pares seja pela evidente formação cultural que transborda de si, seja pelo óbvio talento que tem. Não é um qualquer, não é mais um, é de longe uma das melhores coisas que apareceram na tv brasileira nos últimos tempos e mesmo quando exagera e carrega nas tintas em personagens como o "Poderoso Castiga", sendo muitas vezes machista e destilando misoginia, ainda sim o faz de um jeito transgressor e consegue a cumplicidade dos entrevistados de uma forma que não se pode sentir pena deles apenas achar que eles são o que aparentam, patetas rematados, sanvando-se sua entrevista com Edgard Vivar o Senhor Barriga, que foi de fato a única real entrevista que ele fez, as outras foram apenas exercícios de humilhação alheia aos que os humilhados como já disse aqui se entregaram com o maior prazer.

Mas dai veio a "black face" as tiradas consideradas racisastas e aviltantes tanto ao povo negro com as religiões de matriz afro e pronto. Eduardo S. virou racista. Deixou de ser um humorista e se tornou o opressor do povo negro brasileiros e ONGS que vivem de financiamento público agora querem sua cabeça. Eduardo, talvez tenha usado de mal gosto, algo que os humoristas sempre correm o risco de fazer dado a natureza de seu ofício, mas o racismo, creio eu, é algo que se caracteriza quando é intencional, quando é premeditado, quando as palavras ou atitudes saem para ferir, magoar. Quando saem de forma não intencional são erros que devem ser pontuados e corrigidos.

Acontece que em nosso país onde pop stars da ignorância tem status de gênios, trazer uma pessoa ao centro da arena e lincha-la seja de forma literal, seja de forma moral, é esporte bastante popular em tempos como estes que vivemos. Não podemos apenas admitir e aceitar que alguém errou, temos que massacrar, buscar o pior, alimentar a "polêmica" por mais vazia que ela seja e esquetes ruins de humor viram atos racistas. O humor do Pânico não me serve. É tosco demais, não me faz pensar, me constrange ver como pessoas se submetem a tanta patetice, mas é apenas isso. Humor ruim. Quando dão um passo em falso no entanto, joga-los aos leões e trata-los como tolos levianos racistas, só evidência que esta geração politicamente correta não quer pensar, quer atacar no automático, quer ofender, quer espicaçar quem já errou.

Esta postura não agrega e muito menos resolve problemas e corrige erros, é apenas um grito vazio em um universo escuro onde o som nem se propaga, quanto mais faz-se ouvir. Não precisamos deste tipo de postura, não precisamos de ONGS mais preocupadas em encher seus cofres do que com as cuasda que dizem defender. O país precisa de um debate sério,  precisa (re)criar uma identidade nacional, hoje esfacelada não pelos humoristas, mas pelos governantes. Precisa de cabeças pensantes que questionem sim, a tudo e todos, mas sem ofender, sem acusar, questionem buscando soluções, não a criação de conflitos tão vazios quanto inúteis.

Precisamos de pessoas que pensem  e sobretudo de pessoas que sejam legais e bacanas o que é extremamente mais díficil do que ser legal e bacana.

É isso

Ouvindo: Foo Fighters

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

E se eu fosse morrer em seis meses? (Sorrisos, flores e amores)


Claro que eu posso morrer amanhã.  Posso morrer depois de amanhã. Ou ainda, posso cometer a deselegância de viver mais 20,30,40 anos. Vai saber?  Mas e seu soubesse que ia morrer em seis meses? Que no dia 10/02/16 eu estaria deixando de forma definitiva este mundo? O que eu faria?

Sou bem mais previsível do que eu gostaria de ser, ao menos em algumas áreas e se eu soubesse que tenho data de validade, provavelmente me tornaria uma outra pessoa. Que pessoa eu me tornaria? Vamos lá.

Começando pelo óbvio e previsível, eu me reconciliaria com todas as pessoas que hoje não tenho boa relação. Não, não ia pedir para elas como que por um passe de mágica gostarem de mim, nada disso. Apenas tentaria não  morrer sem antes ter me acertado com pessoas que eu gosto e que por algum motivo(os) não estão neste momento tendo uma relação digamos saudável comigo.

Por que? Porque estar brigado com quem se gosta e estima não é algo que faça bem para o meu fígado e nem para o fígado de ninguém. A noção de que a vida é curta é bem firmada em minha mente e obviamente ficaria ainda mais se eu tivesse apenas seis meses de vida. Então, estar bem com as pessoas seria algo primordial para morrer com alguma dignidade.

Diria a todas pessoas que eu amo o que sinto por elas. Gosto de pessoas que nem desconfiam que delas eu gosto. Vivo minha vida como se as pessoas me fossem indiferentes e definitivamente elas não são. Pessoas são tão importantes para mim a ponto de amar várias delas mesmo que eu prefira deixar isso em secreto. Não sei "gostar" de alguém.  Eu só sei amar. Se eu gostar de alguém, eu automaticamente amo esta pessoa, intensidade pura elevada a enézima potência porque eu creio que é assim que a vida vale a pena ser vivida. Esse lance de ficar "gostando do outros" dessa forma até meio despretensiosa definitivamente não é comigo, mas como também não é comigo aguentar decepções, fico na minha. Se eu fosse morrer em seis meses no entanto, sairia distribuindo sorrisos, flores e amores a todos os que amo.

Ia me organizar para ouvir ao menos 100 canções por dia de uma lista de mais ou menos umas 5.000 que acho que valem a pena ser ouvidas antes de falecer. Isso é vital, absorver, ainda que para levar para o túmulo, toda a arte musical que eu puder. Ia fazer meus dias mais leves.

Claro que ia tentar ser um pai e marido melhor.  Não éfácil para mim ser nem um nem outro, mas tento, com boa vontade, e tentaria com ainda mais afinco. Seis meses passariam voando então escolheria ser apenas uma pessoa boa e agradável. Perder 180 dias sendo chato e brigão me faria apenas perder tudo o que eu poderia viver de bom neste curto espaço de tempo.

Eu dormiria menos. Prestaria mais atenção ao sabor da comida, seja ela qual for, porque hoje eu como rápido demais. Eu buscaria me vestir melhor tambérm e fazer a barba com mais frequência para aparecer mais apresentável na frente das outras pessoas. Irônico este pensamento na medida em que logo eu estaria sendo comida de vermes, mas ainda sim, tentaria parecer elegante nos meus  dias finais.

Por outro lado não tentaria uma reconciliação com Deus. Creio que seria a coisa mais hipócrita que eu poderia fazer e no fim dos meus dias eu não iria querer ter atítudes hipócritas. Deus é para ser amado dia a dia, é Alguém para se construir uma relação nos dias bons e maus, não apenas na eminência da morte. Seria desonesto para com Ele, seria injusto e como já mencionei, Hipócrita. Deus não é alguém para que se zombe e busca-lo apenas porque se sabe que se vai morrer para mim é exatamente isso: Zombar Dele e de sua santidade.

Creio que a maioria das pessoas teme a morte ainda mais quando anunciada. Eu não fujo a esta regra, então o medo seria meu companheiro e certamente teria crises de choro intermináveis e como também me conheço muito bem, logo em seguida me agarraria a uma esperança ferrenha de que algo aconteceria e no fim de contas eu durasse um pouco mais. Sou um otimista por natureza.

Eu iria querer ir a praia. Não para entrar no mar mas para contemplar uma última vez a vastidão e imensidão da criação de Deus, embora o mar  que se veja de uma praia qualquer seja apenas a fração visível de tal criação, eu iria querer admira-la. Não sou dado a grandes arroubos de meditação, mas talvez ali, me vendo tão perto da minha morte, tivesse um encontro comigo mesmo.

Sorrisos, flores e amores. Creio que isso seria tudo o que sobraria em mim. Sorrisos, flores e amores seria meu lema de vida nestes fátidicos 180 dias finais. Sorrisos para amenizar, flores para embelezar e amores para obviamente, se amar. Vive até aqui 42 anos. Se em 180 dias finais eu conseguisse oferecer sorrisos, flores e amores, minha vida então teria valido a pena.

Não, não vou oferecer uma reflexão de por que então naõ viver assim mesmo sem saber quando morrerei. A resposta é por demais óbvia e ao mesmo tempo complexa e deve ser buscada por cada um que deseja refletir sobre isso dentro de si. Afinal o impacto de saber que se vai morrer em 180 dias bateria em cada um de um jeito. Em mim, ao refletir sobre isso, me fez querer viver uma vida de sorrisos para amenizar, flores para embelezar e amores para se amar.

É isso.

Ouvindo: Cassiane

domingo, 9 de agosto de 2015

Minha oração neste dia dos pais.


Deus, te peço muitos dias de vida não porque eu queira viver muito mais tempo para mim, mas porque preciso terminar de criar minha filha. Me de sabedoria, me de paciência, me de forças para lutar e me de resultados nesta luta.

Deus, me de discernimento para conduzir minha filha nos teus caminhos e para que eu mesmo consiga neles permanecer e ser exemplo para ela. Me faça conseguir ser um bom exemplo para ela, em todos os sentidos da vida pois sei que melhor que falar é ser.

Deus, conserve minha filha com saúde. De-lhe dia a dia um intelecto capaz de reconhecer o que é certo e errado, o bem e o mal e mais importante, capaz de faze-la tomar as decisões corretas. Não a deixe se deslumbrar com as luzes do mundo e nem a abandone se ela falhar.

Deus, me faça melhor não para ser admirado como tal pelos homens mas para ser uma referência para onde minha Rafaela possa olhar sempre que se sentir confusa e possa então desfazer suas confusões e ansiedades e medos e todo e qualquer outro sentimento negativo.

Deus, coloque pessoas no caminho da minha filha que venham somar em sua vida. Não permita que pessoas sem o teu amor e tua graça possam influenciar a minha garotinha, mas sim que ela seja influência positiva a todo tipo de pessoa. Não deixe que os erros que ela vai cometer a façam pensar que ela fracassou, faça, meu Senhor, com que ela aprenda com eles e se fortaleça.

Deus, que minha princesa não se iluda com belas palavras ou com belas embalagens. Que ela busque em Ti a sabedoria para  diferenciar essência de embalagem e saber que a primeira é infinitamente superior a segunda. E peço que ela mesma seja uma pessoa com muito conteúdo e que este conteúdo seja agradável e útil e que ela não se furte em reparti-lo.

Deus, que eu possa viver para ver minha filha ser plenamente feliz, descobrir ela mesmo a alegria de ser mãe, ser profissional  bem sucedida e ser uma mulher que te serve e te ama incondicionalmente. E mais importante, que ela te ame infinitamente mais que a mim.

Deus, não sou um cara que merece pedir coisa alguma, ambos sabemos. Mas como é para a  minha filha, tomei a liberdade de pedir. Obrigado por me ouvir, obrigado por ter me dado uma filha tão maravilhosa e por me conceder acordar todas as manhãs.

É isso.

Ouvindo: Audio Adrenaline

sábado, 8 de agosto de 2015

Amigo Espirito Santo


Antes de mais nada,



Agora sim.

Existe em mim um conflito absurdo entre as coisas que eu aprendi desde minha mocidade e as coisas que eu mesmo construí como minhas crenças (que nada mais são do que a mistura de todas as informações que recebi até hoje). Não é fácil para mim renegar o que aprendi porque mais do que simplesmente ser instruído eu creio no que me foi ensinado. Por outro lado, meus questionamentos que advém exatamente das minhas crenças pessoais também são fortíssimos e  muitas vezes entram em choque com o que creio. Um dilema, que na verdade a maioria das pessoas creio eu, de uma forma ou de outra passa.

A crença fundamental de minha vida, a de que Deus existe e seu filho Jesus é meu salvador pessoal se eu assim o quiser e o seu Espirito Santo está aqui para me consolar e ajudar no dia a dia é tão simples, que as vezes me soa simplista. É isso, simplista. Porque as minhas crenças são ao meu ver, bem mais elaboradas e fundamentadas por sua vez em crenças de pessoas que acredito serem geniais, inteligentes até a tampa e não podem de forma alguma estarem erradas no que pensam.

Junte-se a isso o fato de que os Cristãos cada dia mais estão mediocrizando o evangelho de Cristo, tornando-o algo mesquinho e pobre de se ver e viver e cada dia tenho menos vontade de ir a igreja, de me encontrar com Cristo e com ele conversar. Para mim o evangelho Dele não é nada disso que temos visto a grande maioria dos cristãos viver.

Por outro lado, para onde se encaminha o mundo e seus grandes mentores? Onde chegaremos com tantas corrupção, maldade, falta de amor entre os semelhantes, ganância desenfreada e tantos outros comportamentos deploráveis? Nem toda a inteligência e eloquência existente no mundo se fosse concentrada em alguma maquina e canalizada para resolver os problemas em que nos metemos seria suficiente para colocar novamente no prumo nossa sociedade. Abrimos mão de sermos bons. Somos maus na essência e não estamos muito preocupados com isso.

E dai, numa tarde Sábado eu me deparo com a interpretação emocionada e emocionante de Cassiane que dá título ao post e precebo que ainda que Deus não exista e tudo não passe de uma fábula, reduzir-me a uma criação de suas mãos, totalmente dependente Dele, é muito, mas muito mais plausível e traz muito mais esperança do que tentar criar "modelos"  e "formas" de viver uma vida longe Dele e de sua vontade.

Estar em completa submissão a Deus não é algo que se faz por obrigação, mas por opção, por pura e completa opção. Deus não nos obriga a nada, antes nos espera de braços abertos.  A intepretação de Cassiane é tão sentida e tão pura etão cheia de emoção genuína por estar na presença do Espirito Santo de Deus que simplesmente não consigo resistir a vontade de chorar com ela, de me reconhecer pequeno demais embora me ache muita porcaria. Não, não sou. Não sou ninguém, e as vezes é necessário que alguém nos lembre disso.

Fico feliz que em um meio "gospel" completamente desvirtuado ainda existam cantores que mais do que simples cantores tem a legitíma preocupação de espalhar a mensagem de Deus, com coragem, sem sentir vergonha do evangelho, sem travas, indo onde Ele ordenar e o fazem isso com tal propriedade que mesmo alguém tão cretino como eu acaba sendo tocado.

Deus é bom suas misericóridas duram para sempre e nos deixou o Espirito Santo como nosso consolador e nosso mantenedor para que sozinhos não nos sentíssemos ao caminhar na Terra.

Obrigado, Amigo Espirito Santo!

É isso

Ouvindo: Cassiane

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Pessoas e o que aprendo com elas


Tenho tentado aprender com as pessoas. Tenho tentado ser educado, cortês, uma pessoa de quem as pessoas não tentem fugir ao ter algum contato. É difícil, confesso. Isso implica em aceitar as pessoas como elas são, com seus gostos diferentes do meu, com suas idéias diferentes das minhas, com sua forma de ver a vida que também é diferente da minha.

Acontece que tenho aprendido que aceitar as pessoas com suas diferenças é entender antes de mais nada que diferenças não são defeitos, são apenas isso: diferenças. Claro que sendo absolutamente honesto, considero que a maioria da humanidade é composta ou de babacas, ou de imbecis e na verdade penso que a maioria tem as duas características.Mas e dai também? O que não pensa de mim a grande maioria que me conhece? Não sou um gênio, não sou nada de excepcional, esta é a realidade,

Pode ser e em grande medida é, fascinante observar as pessoas sem se importar com o tipo de música que elas gostam, com os livros que lêem (e sobretudo os que não lêem) e mesmo assim dar uma chance para que afinidades e simpatias floresçam. As pessoas são, na realidade, a soma de tudo o que elas vivem e limitar a vida delas em músicas, livros, ou qualquer outra especificidade desprezando o todo que as compõe, tenho aprendido ser uma grande burrice de minha parte.

Pessoas podem ser fascinantes e claro, por mais chatas que sejam algumas, não vale a pena achar que todas as são e ainda me achar melhor que elas porque definitivamente eu não sou. Mas também não sou pior, sou diferente, como todos somos porque somos únicos.

O que é bacana na vida, eu tenho observado é ser diferente da pessoa ao meu lado mas ainda sim com ela poder coexistir. Não temos obrigação de concordar sempre, ou nunca, mas temos sim a obrigação de termos respeito um pelo outro, de termos amor, compaixão, ainda que não seja fácil ser nobre e ter nobres s vai sententimentos com quem não afinamos, mas a vida não é fácil, ao contrário do que diria o famoso sambista que a deixa leva-lo seja para onde for. A vida é transpiração e transpirando a gente se desintoxica ao eliminar tudo que não é bom.

Bons sentimentos, bias vibrações, aprender com as pessoas todo dia, o dia todo. Por que não?

É isso.

Ouvindo: Se Jorge

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

De quando eu compreendi Cassiane.


Em um mundo onde cantores "gospels" (oh! que  pecha cretina!!!") são cada vez mais "estrelas" e personalidades erráticas como Thalles Roberto e a abelhinha vingativa Damares e seu sabor de mel (um hino para o Jesus Diabo que ela segue que certamente não é o meu), dominam paradas, inclusive seculares, ter uma cantora ou melhor, uma personalidade como Cassiane para servir de contraponto a tudo isso é um alento.

No entanto, não foi fácil para mim compreender quem é o que é e sobretudo o que representa Cassiane para os cristãos que gostam de música não apenas como entreterimento, mas sobretudo como mensagem diária para suas vidas.

Cassiane no inicio, para mim, nada mais era do que uma "forrozeira de quinta". Sim, várias vezes me referi aos seus trabalhos desta forma. Quão errado eu estava! Mas era assim que falava. Para mim lhe faltava talento, produção, figurino, enfim, era uma pateta ambulante. Era assim que eu a via e me comprazia em ridicularizar os seus trabalhos.

Mas um dia, e graças ao advento do vocêtubo, me detive em uma apresentação sua. Ela cantava "Na Orla do Seu Manto", ao vivo e não contive as lágrimas. Por que? Porque percebi ali, naquele exato momento que Cassiane é unção pura e não existem artistas hoje no Brasil, suficientes para preencher os dedos de minhas duas mãos de quem  afirmar o mesmo não seria mentir. Cassiane transborda  verdade em suas canções, sua entrega é total, ela realmente parece uma garotinha que precisa a todo custo agradar seu Pai, no caso seu Pai do céu e isso é comovente.

Não foi fácil para mim olhar Cassiane com os olhos que vejo agora. Busco a perfeição vocal a todo instante e Cassiane passa longe disso. Mas é tão cheia do Espirito Santo ao cantar, é tão escrava da vontade de Deus, que não existe  a menor possibilidade depois de ve-la da forma correta, olhando não o que é terreno, mas olhando-a com os olhos espirituais, não reconhecer que Deus nela realiza a sua vontade e a usa para tocar a vida de pessoas.

Vasculhei o vocêtubo vendo e revendo apresentações, entrevistas, homenagens, dvd's e o que mais hovesse de material disponível sobre Cassiane e tudo o que encontrei (e não foi pouca coisa) remete a uma pessoa ciente de seu papel como porta voz do Altíssimo e seu comportamento exemplar é emocionante, pois a todo momento Cassiane esta como João que "é necessário que Ele creça e ela diminua". Como eu disse, neste mundo onde cantores que se dizem comprometidos com o evangelho de Cristo mas estão apenas preocupados com o número de shows que farão dentro de um mês e por quanto cada um deles sera vendido, o comportamento de Cassiane além de exemplar revela o seu comprometimento com o Deus que ela prega em suas canções.

Vou algumas vezes a igreja que Cassiane mantem com o seu esposo o Pr Jairo Manhães e cada vez que ela se apresenta por lá, em sua casa, é nada menos que emocionante. Suas canções são refrigério a alma, a forma com que as interpreta, com ou sem falhas vocais, são benção, unção sobre a vida de quem ouve e são o testemunho vivo de uma vida de real adoradora. Agradeço a Deus pela vida e pelo ministério de  Cassiane e por ter me feito entende-lo a tempo de desfrutar de suas bençãos.

É isso.

Ouvindo: GVB


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Vegetarianos, Abstêmios, Protetores de animais, Crentes e outros chatos


Diálogo curto que tive ontem com uma pessoa de quem nem tenho a menor vontade de conversar se não for convidado para tanto:

- Não como nada de carne, nem peixe, frango, nadinha mesmo, me disse a pessoa.
- Bacana. Eu estou em uma fase que prefiro um rodizio japa a um rodizio de carnes vermelhas, mas amo ambos.
- Você ama comer carne? Nãso pensa no sofrimento dos animais?
- Na verdade não, penso no meu sofrimento ao não come-los, brinquei.
- Você é mal!

Quando vi que a pessoa estava falando sério, sai correndo, com medo de ser agredido.

O mundo anda enlouquecendo em um processo lento e gradual e em minha modesta opinião as redes sociais tem papel fundamental neste processo, poios funcionam como ponto de encontro de pessoas que tem os mesmos gostos e aspirações e que quando juntas se sentem mais fortes, fortes o suficiente para hostilizar qualquer um que pense diferente de suas crenças fundamentais.

Para mim se a pessoa não come carne, não bebe, gosta de proteger animais é crente ou qualquer outra coisa, tanto faz como tanto fez. Não bebo porque venho de uma família onde o álcool era cultuado como um poderoso desinibidor de vontades e opiniões e cresci vendo vários membros desta família se dando mal por conta deste hábito.

No entanto não vou levantar bandeiras contra o álcool, pois cada ser humano adulto é dono de si e senhor de seus atos, então "pregar" contra a bebida alcoolica me parece meio tolo. Da mesma forma respeito profundamente os que optam por não comer carne de espécie alguma e se divertem com um bife de soja. Na buena, eu curto muito um bife de soja assim como almondegas de soja entre outros tipos de cortes que se possam fazer com a soja, mas gosto de sentar em um rodízio de carnes e ficar umas 3, 4 horas lá conversando e comendo. E dai? Devo ser eu e todos os que gostam disto criminalizados por este motivo? Somos pessoas de segunda classe, mais burros, mais idiotas do que os que não gostam? Claro que não! Mas converse com alguns radicais do vegetarianismo e sinta-se um completo estúpido por não militar em suas fileiras. Chega a ser opressivo conversar com alguns "veganos" para usar um termo da moda.

Veganos, alias, vão além de não comer carne. Não usam qualquer derivado animal. Beleza, direito deles não é mesmo? Mas sabe qual o argumento que usam? "Motivos éticos". Sim, motivos éticos, ou seja, de partida quem come carne, usa sapatos de couro entre outras práticas são "anti éticos". Faça-me um favor não? Claro que existem práticas abusivas para se obter alimentos vindos de animais como a forma de se obter o famoso "foie gras" que tortura os animais. Ok. Mas todos os derivados de animais são obtidos da mesma forma? Se a resposta for não, calem  a boca os críticos de quem come carne se for sim, que se façam leis mais rígidas para que a dignidade animal seja preservada. Agora imaginar uma sociedade totalmente Vegana é por óbvios motivos coisa de gente um pouco retardada.

E a galera que se intitula "protetores de animais". Não por nada, mas de quem eles protegem estes animais mesmo?  Sempre existiram cães e gatos de rua e sempre existirão e quem disse que eles precisam de proteção? Precisam obviamente de respeito e não serem torturados, isso é um fato que nem merece relevância e  sequer menção em uma sociedade de pessoas minimamente civilizadas. Se existem psicopatas que se comprazem com a dor animal, que sejam eles processados segundo os termos da lei, mas dai a ver pessoas chorando, fazendo um aue desnecessário e claramente midiático por conta de bichos que vivem nas ruas é patético, para dizer o minímo. Nem os cachorros e gatos entendem nada e se pudessem ririam junto com os que tem ainda algum bom senso.

As pessoas que são contra testes em animais pela industria famacêutica, ja pararam de usar seus carissímos cremes hidratantes importados? Se já, parabéns, gritem a plenos pulmões contra o fim destes testes que eu mesmo reprovo, afinal creio que no ano da graça de 2015 não é possível que industrias voltadas a este mercado que são via de regras industrias com faturamento na casa do bilhão, não tenham conseguido pensar em formas alternativas de confirmar a eficácia de seus produtos que não seja usando animais, mas se você tem sua necessarie abarrotada de cremes, loções e outras traquitanas amplamente testadas nos bichinhos que diz defender, faça-me um favor e cale a boca, seu/sua hipócrita!!!

Sobre os crentes vou falar o que? Conheço meu povo a grande maioria se acha melhor que os outros simplesmente por se crentes e com esses nem diálogo é possível. São tão Talibans quanto os reais Talibans então só lamento sua postura.

Gente chata existem em todas as áreas, mas gente chata quando reunida deixa de ser chata pra ser grupo de pressão e uma sociedade plural não pode tolerar pressão por um ou outro estilo de vida.

É isso.

Ouvindo:  (e gostando muito) Juliano Son